quinta-feira, 11 de março de 2010

Erguendo os paradigmas, depois os destruindo.

Sônia começou sua jornada jornalística em 2013, aparentemente cedo. Já tinha tentado diversas áreas dos mais diferentes rumos, mas aprendeu que deve aprender de tudo com sua amiga Tulipa. Esta, formada em educação física, pratica Jiu-Jítsu e sonha com os astros. Seu maior sonho é viajar, para bem longe, para outro planeta talvez, mas quem a conhece sabe que é mais que isso. Na luta, sempre como vencedora, amedronta qualquer um que a enfrenta, mesmo seu namorado Carlos Muniz, homem à qual conheceu nos ringes. Carlos, sempre foi muito bom no Jiu-Jítsu, já chegou a representar o Brasil nas olimpíadas, porém, para sua amada Tulipa, ele perde feio!

Sua mãe, Glória, o aconselhou que parasse de lutar, já que o que mais tem ganhado ultimamente são hematomas assustadores como recompensa. Ele relata que os hematomas são presentes históricos, cada um faz lembrar-se de um acontecimento, que marcado na pele, se eternizará, ou pelo menos, comparado ao seu valor, existirá tempo suficiente.
Seu corpo, tatuado pelas marcas, dão a Carlos longos discursos emocionantes quando ditos o que eles representam.

Glória não sabe, mas Carlos ganhou essas marcas não exatamente de qualquer oponente na luta, mas de sua amada, que percebe que ele parece gostar dos atos, por isso não hesita em marcá-lo o máximo que pode.
Certa vez, disse ele – “triste seria se não houvesse motivos para não se lembrar de Tulipa”. Seu comentário, fez com que fosse entendido por ela como algo do gênero – “não há nada melhor ou mais intenso para sentir por mim do que isso?” – “Não” foi à resposta de seu subconsciente.

Será que há alguém que pense diferente de Tulipa?

Respondo que sim, e esse alguém é Sônia!

Esta frase foi dita por Carlos, em uma entrevista para o PAN onde Sônia era a repórter. E após o término da entrevista, Sônia questionou Carlos categoricamente: - “Por que falar de assuntos pessoais na entrevista quando o assunto é o esporte que pratica?”

Carlos responde com muita paciência e tom de voz manso: - “Minha vida, meus amores, meus sentimentos e minhas marcas, estão tão relacionadas a mim, quanto ao esporte que pratico, quanto à água que eu bebo e o ar que eu respiro”.

Foi o suficiente para causar o silêncio surpreso de Sônia, e fazê-la soltar: - “Seu comentário, para mim, soou como um apêndice novo relacionado ao que você sente a essa mulher, como se procurasse guardar os acontecimentos na alma, coisa que está fora do paradigma amor, algo seu, com um valor imensurável...” Depois de uma rápida pausa, continuou: - “Nunca vi nada assim antes, sabe me dizer o quanto essa mulher vale para você?”

Carlos levantou as sobrancelhas, olhou nos olhos de Sônia e disse-a, com um tom de voz firme, porém o mais baixo que se pode ouvir: - “Sei sim, representa cada vez menos a cada dia que passa”.

Sônia e Carlos se casaram em Março de 2014, no dia 11.

Em 1 mês, sumiram todas as marcas. Carlos foi desde então um novo homem.

1 comentários:

Jéssica disse...

Pobre Carlos! Sendo marcado desse jeito... shaushaasa. Não gostaria de hematomas pra me lembrar de alguém não!